Cheguei, Mamãe! - Adeus, meu filho.

                                    CHEGUEI, MAMÃE! - ADEUS, MEU FILHO...

Ao nascer, todo homem deveria abrir para a mãe um sorriso de orelha a orelha, um sorrizão brejeiro e tão belo que a deixe em estado de graça.

O sorriso diria... - Cheguei, mamãe!

A maternidade é a maior dentre todas as maravilhas concretas e abstratas do mundo. Exercendo intensamente a maternidade, a mulher potencializa e aprofunda a sensibilidade, tornando-se uma criatura mais vocacionada para o amor do que o homem.

Muitas tragédias provocadas pelas paixões políticas e pelas ambições de poder e dinheiro serão evitadas se as mães vigiarem os filhos mais de perto, não lhes permitindo que delas se afastem. E filhos de qualquer idade. O amor materno é um grande conselheiro.

Hitler e os demais algozes da Humanidade careceram extremamente da presença e das pressões maternas. Não se sabe o quanto essa ausência custou à Humanidade.

É por isso que uma revolução cultural não pode omitir-se em convocar as mães, para nela atuarem como poder moderador, inoculando bom senso nas mentes dos revolucionários, e no coração amor, compaixão, empatia, solidariedade e justiça. Nisso elas são, realmente, melhores que os homens, porque mães.

São incomensuráveis os sacrifícios e as renúncias da maternidade.

Não obstante, há jovens que pagam à mãe a imensa dívida da maternidade entregando-se às doenças, aos tóxicos e aos crimes.

Assim, os filhos queridos se transformam em algozes impiedosos, condenando as próprias mães às mil lágrimas da infelicidade e lhes enchendo a alma de decepção, quando sua obrigação - sagrada obrigação - é provar-lhes que valeram todos os sacrifícios, por maiores que tenham sido, para criá-los e educá-los.

E nisso devem exagerar. Exagerar a tal ponto que, ao morrer, elas lhes devolvam aquele sorrizão do bebê recém-nascido, não tão aberto, mas com imensa carga de ternura. É obrigação dos filhos tentar essa proeza e agir com essa grandeza, quando chegar o momento fatal, para que suas mães morram com aquela luz no olhar, o olhar que os viu pela primeira vez, sim, tentar a proeza de ver as mães morrerem em estado de graça.

Do milagre inexcedível do nascimento ao apagar das luzes, que é a morte, eis duas belezas do extremo amor: dois sorrisos. Dois sorrisos maravilhosos, um da chegada à aventura da vida, e o outro do...

- Adeus, meu filho. 

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