JESUS ELEITO PARA A CRUZ

                                            JESUS ELEITO PARA A CRUZ

   A primeira eleição democrática da era cristã foi direta e aconteceu em Jerusalém, no átrio do palácio de Pilatos, que a presidiu tentando salvar Jesus.

   Ali se formou uma maioria absoluta, que exerceu livremente o direito do voto, garantido pelo representante do Império Romano.

   Pilatos cometeu o erro de delegar ao povo o poder de eleger para a liberdade Barrabás ou Jesus, convicto de que, entre um criminoso e um profeta que curava os doentes, pregando o amor e a fraternidade entre os homens, a maioria absoluta certamente escolheria o profeta.

   Essa maioria absoluta, entretanto, elegeu Barrabás para a liberdade e Jesus para algo pior que a prisão: a morte. Aquela morte. O suplício na cruz, como eram executados os criminosos. Jesus humilhado pelos soldados romanos, sangrando e morrendo à frente da mãe. Horror dos horrores. Jamais, na história da civilização cristã, cessarão as lágrimas das mães, à invocação dessa tragédia da maternidade.

   Pilatos delegou ao povo o poder dessa trágica eleição, e na sua dignidade de representante do Império Romano, não desonrou a sua palavra. Mas tudo indica que se arrependeu da delegação.

   Os evangelistas Mateus e Marcos relatam que o povo, a multidão, os judeus concentrados no átrio do palácio, na sua maioria absoluta, consultados por Pilatos, gritava crucifica-o, crucifica-o, e liberte Barrabás.

   De nada adiantou que por três vezes Pilatos, arrependido, lhes proclamasse que não via culpa alguma em Jesus.

   Por fim desistiu, e protestou alto e bom som que era inocente do sangue de Jesus, e que eles, judeus, ponderassem sobre isso.

   Mas os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos tinham incitado o povo para que libertasse Barrabás, talvez o transformando num herói subversivo contra o império romano.

   Minoria atuante, maioria ignorante, combinação fatal. Não havia como demover a maioria, na sua decisão de assassinar Jesus.

E a história ouve até hoje, como ouvirá para todo o sempre, aquelas palavras terríveis, lançadas à face de Pilatos, em oposição à sua exortação para que poupassem a vida de jesus.

- QUE O SEU SANGUE CAIA SOBRE NÓS E NOSSOS FILHOS!

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