NO SUSPENSE DA ÁGUIA

                                      NO SUSPENSE DA ÁGUIA

   Viver no suspense duma águia catapultando-se para o voo, com a ponta dos pés no chão e o céu como limite, será uma belíssima vida. Esse suspense é um estado de espírito que certamente fará o Homem viver mais e melhor. Em estado de revolução permanente. Ultrapassando-se. Seria viver em estado de graça, muito mais feliz do que jamais foi.

   O Brasil industrial, agropecuário ou prestador de serviços exige um brasileiro mais equipado de ética e conhecimentos, o que equivale a exigir que o brasileiro do amanhã ultrapasse o de hoje.

   Ultrapassar é o sentido da vida.

  Essa afirmação é categórica e desafia o contraditório dos eruditos, dos filósofos e dos cientistas.

  Ultrapassar é o sentido da vida, porque é uma imposição da natureza do ser vivo e racional. E quem somos nós para contrariar tal imposição? Inativos não podemos ficar, porque nos atrofiamos, corpo e mente. Se nos movimentamos, desenvolvemo-nos. Se raciocinamos, ultrapassamos. É inexorável e eterna, a ordem de ultrapassar. Mas ultrapassar em qual direção? Necessariamente, incontornavelmente e felizmente na direção de Deus ou da Perfeição, tendo como pilares o Bem e a Verdade, e como prêmio a Beleza e a Justiça.

   Se o Homem se ultrapassa, toda a sua criação será ultrapassada. Figuremos como exemplo algo de suma importância social, dentre as suas criações: o salário. O salário é algo que deve ser ultrapassado. Ele nem sempre faz justiça a quem trabalha, porque nem sempre remunera a sua produtividade e a sua criatividade. Para o trabalho ultraprodutivo em quantidade, qualidade e criatividade, nada mais justo do que um ultrassalário, um direito natural, porque uma natural aspiração de todo trabalhador.

   Essa é uma prática que deveria ser generalizada, por força de lei. Utopia? A ciência pode quase tudo. Criar aparelhos de meritometria para qualquer espécie de trabalho não lhe será impossível. Seriam extremamente úteis à meritocracia.

   Mas essa é apenas uma evidência do imperativo natural do homem, que é ultrapassar, e do seu natural direito de ser recompensado de acordo com o seu mérito. É por isso que o ultrassalário seria bom para o trabalho, e ótimo para o capital.

   Que mágico aparelho seria um meritômetro aplicável aos políticos! Produziria o mágico efeito de fazê-los trabalhar, realmente, coagindo-os a se ultrapassarem a si mesmos.

  A câmara dos deputados, o senado, as assembléias, as câmaras municipais teriam o meritômetro nas quatro paredes do plenário e dos bastidores. Ligadíssimo. Por força de lei. Seria um aparelho capaz de fazer certos políticos apresentarem serviços, e não traquinagens de arrepiar.

   Fantástico!

 Mas adotemos outro exemplo, na batalha pela conquista da saúde, obrigação primária da humanidade, porque é a salvaguarda da vida.

   Chegará fatalmente o século em que a humanidade terá conquistado a saúde plena, em que no corpo humano os micro-organismos do Bem derrotarão para sempre os micro-organismos do Mal - digamos assim - , salientando-se na vitória, talvez, as bactérias do Bem.

   Podemos potencializar a evolução, e em cinquenta anos vivermos e evoluirmos o equivalente a cem. No suspense duma águia catapultando-se para o voo, com a ponta dos pés no chão e os olhos no céu.

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